No momento você está vendo Revitalização do Centro Histórico de Itabira: Um Novo Olhar para o Patrimônio Cultural

Revitalização do Centro Histórico de Itabira: Um Novo Olhar para o Patrimônio Cultural

  • Post author:

A conservação do patrimônio histórico de Itabira voltou ao centro das discussões após recentes decisões judiciais que exigem medidas emergenciais para a preservação de casarões tombados. A necessidade de proteção e requalificação do Centro Histórico tem sido uma promessa constante da gestão municipal, com investimentos estimados em mais de R$ 50 milhões. Esse valor contempla desapropriações, reformas estruturais, substituição de redes elétricas e até o retorno do calçamento de pedras de minério em algumas vias.

O prefeito Marco Antônio Lage enfatizou a importância desse projeto, alertando para a necessidade de uma política pública que equilibre conservação e desenvolvimento. Segundo ele, muitos proprietários preferem a demolição de imóveis históricos para explorar o potencial imobiliário dos terrenos, uma prática que compromete a identidade cultural de Itabira.

Recentemente, a Justiça determinou que a Prefeitura iniciasse a estabilização emergencial de um casarão localizado na Rua Santana, classificado como de alto risco estrutural. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) alertou que, desde 2022, a administração municipal tinha conhecimento da precariedade do imóvel, e agora cobra a apresentação de um projeto técnico de restauração em até 180 dias.

Outro episódio que intensificou os debates sobre o patrimônio histórico foi a decisão judicial que bloqueou até R$ 3 milhões das contas do empresário Manoel Henrique de Souza Andrade, responsável pela demolição irregular de um casarão na Rua Tiradentes. A Prefeitura busca, além de reparação financeira, garantir que futuros investimentos sejam conduzidos dentro das normas de preservação histórica.

Os desafios para a revitalização do Centro Histórico são complexos e envolvem a participação de diversos setores, como historiadores, engenheiros, arquitetos e empresas parceiras, entre elas a Vale e a Cemig. A população também desempenha um papel fundamental nesse processo, pois a preservação do patrimônio reflete diretamente na identidade cultural da cidade e no seu potencial turístico.

Com um projeto de revitalização em andamento e decisões judiciais que impõem responsabilidade tanto ao poder público quanto aos proprietários, Itabira vive um momento crucial para a definição do seu futuro urbano. O desafio agora é transformar essas iniciativas em realidade e garantir que a memória histórica da cidade seja protegida para as próximas gerações.