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EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: CONHECIMENTO TRANSFORMANDO PESSOAS

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Você provavelmente conhece alguém que completou os estudos na EJA – Educação de Jovens e Adultos. Ainda hoje, na era da tecnologia digital, existem milhares de brasileiros que não completaram os estudos básicos, e não sabem ler e escrever de forma eficiente.

Como os adultos analfabetos ou semi analfabetos vivem em uma sociedade da escrita? A formação do cidadão deve passar pelo seu letramento e capacitação para se comunicar e trabalhar com dignidade. Por isso a EJA é tão importante para a sociedade, pois dá a qualquer momento da vida, condição para o cidadão se formar na educação básica e média.

Segundo a SEEMG, a Educação de Jovens e Adultos (EJA)  é uma modalidade de ensino, que visa oferecer ao estudante que não teve acesso à escolarização na idade própria, a oportunidade de concluir seus estudos em menor tempo.

A EJA pressupõe a articulação dos saberes e experiências previamente adquiridos pelo estudante com os conhecimentos escolares, tornando assim as aprendizagens mais significativas e contextualizadas.

Mas você sabe quando surgiu o EJA?

É importante nos atentarmos para os projetos educacionais da nação, pois se todos se educam, todos ganham.

A Constituição de 1934 representou o inicio da luta pela educação igualitária, ela reconheceu o direito à educação para todos os cidadãos. Mas na prática, muitos desafios persistiram na expansão efetiva dessa modalidade de ensino.

Um dos principais obstáculos era a falta de infraestrutura adequada para atender a população adulta que desejava estudar. Várias regiões do Brasil, especialmente as áreas rurais e periferias urbanas, enfrentavam carências de escolas e recursos, problema que persiste até os dias de hoje.

Durante os anos 60, o Brasil passou por um aumento na urbanização e na conscientização social. Nesse contexto, surgiram movimentos populares que reivindicavam melhorias na educação, incluindo a EJA, como parte de um sistema mais inclusivo.

Em resposta, o governo criou, em 1967, o Movimento Brasileiro de Alfabetização.

O MOBRAL desenvolveu programas educacionais específicos para adultos, visando erradicar o analfabetismo e melhorar as habilidades de leitura e escrita, mas também enfrentou críticas, principalmente sobre sua metodologia de ensino.

A Constituição Federal de 1988 consolidou o compromisso do Estado brasileiro com a EJA. Com isso, a educação foi reconhecida como um direito fundamental de cada indivíduo, independentemente da idade, representando uma ruptura significativa em relação às iniciativas anteriores.

A Constituição de 1988 também definiu a educação como um direito social, ou seja, como uma obrigação do Estado em fornecer uma educação de qualidade a todos os brasileiros. Isso impulsionou o desenvolvimento de políticas educacionais voltadas para a EJA, visando atender às necessidades específicas desse público e garantir que tivessem acesso a oportunidades educacionais de qualidade.

No século XXI, o Brasil deu continuidade aos esforços para promover a Educação de Jovens e Adultos por meio de uma série de políticas públicas. Alguns dos programas mais notáveis incluem:

– Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA): criado com o objetivo de oferecer uma educação de qualidade para jovens e adultos que não concluíram seus estudos no ensino fundamental e médio;

– Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA): combina a educação básica com a educação profissionalizante, proporcionando aos alunos da EJA a oportunidade de adquirir habilidades profissionais enquanto concluem seus estudos;

– Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA): voltado especificamente para trabalhadores rurais e suas famílias, promove a educação no campo, fortalecendo as comunidades rurais por meio do acesso ao ensino de qualidade e ao conhecimento agrícola.

A Educação de Jovens e Adultos ainda enfrenta problemas estruturais, que incluem a falta de recursos financeiros, a evasão escolar e a necessidade de adaptação às demandas do mercado de trabalho.

Esses desafios destacam a importância contínua de investir na EJA, superando obstáculos para garantir que todos os adultos no Brasil tenham acesso a oportunidades educacionais significativas e que possam contribuir de maneira plena para a sociedade.