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Equipe feminina de ginástica artística do Brasil Foto por Naomi Baker

Brasil Faz História com Inédito Bronze na Ginástica Artística Feminina em Paris 2024

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A equipe feminina de ginástica artística do Brasil fez história nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, conquistando pela primeira vez uma medalha por equipes. Na final realizada na Bercy Arena, nesta terça-feira, 30 de julho, o time brasileiro garantiu o bronze, um feito inédito.

O Brasil foi representado por Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira, que somaram 164.497 pontos, assegurando a terceira colocação. O desempenho foi destacado nos aparelhos: 42.366 pontos no salto, 41.199 nas barras assimétricas, 39.966 na trave e 40.966 no solo.

O ouro ficou com os Estados Unidos, que totalizaram 171.296 pontos, e a prata foi para a Itália, com 165.494 pontos. O Brasil teve como principal concorrente a Grã-Bretanha, que terminou em quarto lugar com 164.263 pontos. A conquista brasileira foi confirmada nos últimos instantes, com o salto final de Rebeca Andrade, que brilhou como o grand finale da competição.

Os Estados Unidos, grandes favoritos, asseguraram o ouro com as performances de destaque de Simone Biles e Sunisa Lee. A Itália, repetindo o bom resultado das classificatórias, voltou ao pódio após conquistar uma medalha por equipes pela última vez em 1928, em Amsterdã. Para o Brasil, que já havia alcançado a prata no Campeonato Mundial de 2023, o bronze em Paris representa um marco.

A trajetória brasileira na final começou nas barras assimétricas, seguidas por algumas falhas na trave. O desempenho melhorou no solo e, finalmente, o salto garantiu o lugar no pódio. Rebeca Andrade alcançou uma nota de 15.100 no salto, a maior da noite em todos os aparelhos, superando até mesmo os 14.900 de Simone Biles.

A Grã-Bretanha terminou a competição apenas dois décimos atrás do Brasil, enquanto a República Popular da China, que havia se saído melhor na qualificação, ficou em sexto lugar, atrás do Canadá.

O desempenho da equipe brasileira foi notável no salto, onde obtiveram a segunda maior nota, superada apenas pelos Estados Unidos. O solo também foi um ponto forte, com a segunda maior pontuação para o Brasil. Nas barras assimétricas, o Brasil ficou com a quinta melhor marca, e na trave, as falhas resultaram na sexta melhor pontuação. No entanto, esses resultados foram suficientes para garantir o bronze.

Antes dessa conquista histórica, o Brasil havia disputado duas finais por equipes na ginástica artística feminina, terminando em oitavo lugar em Beijing 2008 e na Rio 2016. No ciclo atual, o time brasileiro alcançou o quarto lugar no Mundial de 2022 e a segunda colocação no Mundial de 2023, além da prata nos Jogos Pan-Americanos de 2023.

Nos próximos dias, as ginastas brasileiras buscarão medalhas nas provas individuais. As finais começam em 1º de agosto com o individual geral, seguido pelo salto em 3 de agosto, barras assimétricas em 4 de agosto e as finais de solo e trave em 5 de agosto. Rebeca Andrade competirá no individual geral, salto, solo e trave, enquanto Flávia Saraiva estará no individual geral e Júlia Soares na trave.

Resultado Final da Ginástica Artística Feminina por Equipes

  1. Estados Unidos – 171.296 pontos
  2. Itália – 165.494 pontos
  3. Brasil – 164.497 pontos
  4. Grã-Bretanha – 164.263 pontos
  5. Canadá – 162.432 pontos
  6. República Popular da China – 162.131 pontos
  7. Romênia – 159.497 pontos
  8. Japão – 159.463 pontos

Desempenho do Brasil nos Aparelhos

  • Barras Assimétricas: O Brasil iniciou a competição nas barras assimétricas, com Lorrane Oliveira obtendo 13.000 pontos e Flávia Saraiva, apesar de um incidente no aquecimento, conseguindo 13.666. Rebeca Andrade, no seu aparelho favorito, marcou 14.533, a maior nota da rotação.
  • Trave: Júlia Soares abriu a rotação com 12.400 pontos após uma queda. Flávia Saraiva, apesar de um desequilíbrio, melhorou o desempenho com 13.433. Rebeca Andrade, com a maior nota das brasileiras, conseguiu 14.133 pontos.
  • Solo: Júlia Soares iniciou com 13.233 pontos, seguida por Flávia Saraiva, que alcançou 13.533. Rebeca Andrade, com 14.200 pontos, foi a melhor das brasileiras.
  • Salto: Na última rotação, Jade Barbosa marcou 13.366 pontos. Flávia Saraiva conseguiu 13.900 pontos, e Rebeca Andrade, com um salto de 15.100, garantiu a melhor nota da final e o bronze para o Brasil.