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Cresce a Participação Feminina na Ciência com Apoio do Governo de Minas

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Iniciativas do Governo de Minas ampliam presença feminina na pesquisa e inovação

“É muito importante para nós, jovens, que as portas estejam abertas no ambiente científico.” A frase da estudante Bianca Santos, de 17 anos, reflete o impacto da participação feminina na ciência. Como bolsista de Iniciação Científica Júnior (BIC Jr.), ela atua na área de estudos oncológicos da Fundação Ezequiel Dias (Funed), um dos muitos exemplos de como o apoio à pesquisa pode mudar trajetórias.

A bolsa BIC Jr., oferecida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), foi o primeiro contato de Bianca com a pesquisa. Em 2024, a Fapemig investiu R$ 3,38 milhões em 1.269 bolsas desse tipo, contribuindo para ampliar o número de mulheres envolvidas na produção científica e na inovação.

Esse crescimento é notável. Em 2020, apenas 36% dos projetos financiados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) eram coordenados por mulheres. Já em 2023, esse percentual subiu para 45%. “As mulheres desempenham papéis fundamentais no avanço da ciência, tecnologia e inovação. Algumas das maiores descobertas e inovações da história têm a contribuição feminina”, afirma Kathleen Garcia, secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico.

Visibilidade e Inspiração

Para celebrar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, a Sede-MG e a Fapemig lançaram a série “A Voz Feminina na Ciência”, destacando trajetórias de pesquisadoras mineiras. A iniciativa busca não apenas homenageá-las, mas também incentivar novas gerações a seguirem esse caminho.

A representatividade feminina nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) é essencial para um ambiente acadêmico mais diverso e inovador. Arilza Porto, chefe do departamento de Química da UFMG, que conta com 42 mulheres em sua equipe, reforça a importância da data: “É um momento de dar visibilidade à nossa atuação e mostrar que temos um papel transformador na ciência.”

Pesquisas que Fazem a Diferença

O incentivo à participação feminina na pesquisa tem gerado impactos diretos na sociedade. Kely Correa, que iniciou sua carreira como bolsista da Fapemig, hoje se dedica a estudos sobre a qualidade do leite humano e bovino no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), da Epamig. “Saber que meu trabalho pode contribuir para o aprimoramento do aleitamento materno é extremamente gratificante”, comenta.

Já Maria das Graças Cardoso, coordenadora do Centro de Referência em Análise da Qualidade da Cachaça, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), enfrentou desafios desde 1998 para consolidar sua atuação na área. “Foi um caminho cheio de obstáculos, mas seguimos avançando”, afirma.

Com iniciativas que vão desde a educação básica até o financiamento de projetos de ponta, Minas Gerais se consolida como um estado que incentiva e valoriza a presença feminina na ciência. As conquistas são expressivas, mas a luta por igualdade e reconhecimento segue firme – inspirando cada vez mais meninas a enxergarem a pesquisa como um espaço possível para transformarem o mundo.