A Barragem Grupo, situada na Mina de Fábrica, em Ouro Preto (MG), teve seu nível de emergência rebaixado de 2 para 1, conforme informou a Agência Nacional de Mineração (ANM) nesta terça-feira, 12 de novembro de 2024. O avanço no processo de descaracterização, que já removeu cerca de 60% dos rejeitos – equivalente a mais de 1,48 milhão de metros cúbicos – foi essencial para essa conquista.

A evolução dos estudos geotécnicos e o reforço dos sistemas de monitoramento também contribuíram para garantir a estabilidade da estrutura. A Barragem Grupo integra o Programa de Descaracterização da Vale, que visa eliminar 14 estruturas a montante restantes. Desde o início do programa, 16 das 30 barragens previstas, incluindo 13 em Minas Gerais, já foram completamente descaracterizadas.

Segundo Adriana Bandeira, diretora de Descaracterização de Barragens e Projetos Geotécnicos da Vale, o desmonte dessas estruturas é um compromisso assumido com a sociedade e uma exigência legal. “Nosso objetivo é garantir a segurança das comunidades e do meio ambiente, acelerando ao máximo esse processo,” afirmou.

O cronograma prevê a conclusão da descaracterização da Barragem Grupo e da Área IX até 2025. Desde 2019, a empresa já investiu mais de R$ 9 bilhões na eliminação das barragens a montante, reforçando seu compromisso com a segurança.

As intervenções foram comunicadas às autoridades, seguindo o Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e outras normas vigentes. A barragem conta ainda com uma Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ), com declaração de estabilidade vigente, projetada para conter eventuais rupturas.

Programa de Descaracterização da Mina de Fábrica

Na Mina de Fábrica, a Vale iniciou o processo de descaracterização das barragens Grupo e Área IX em 2023, e já completou 60% das ações previstas. Em 2025, a barragem Forquilha III também entrará em fase de descaracterização, enquanto Forquilha I e II seguem em estudos geotécnicos adicionais. A Barragem Baixo João Pereira, por sua vez, já foi descaracterizada em 2022, eliminando os riscos associados a estruturas a montante.

Todo o processo é monitorado por assessorias técnicas independentes, em conformidade com os Termos de Compromisso firmados com o Ministério Público e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), garantindo maior transparência e segurança.